ROLETA RUSSA
Carlos Brito entrega documentos ao MP e promete 'desmascarar' Eder
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Ex-diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa afirma que Eder e outros diretores foram quem assinaram contratação da Global Tech com dispensa de licitação; contrato foi anulado pelo Governo do Estado
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Carlos Brito diz que tem em mãos documentos comprovando a mentira pregada por Eder Moraes
Jorge Estevão (Hipernotícias)
O ex-diretor de Infraestrutura da extinta Agecopa, Carlos Brito, afirmou neste sábado (05.11) a HiperNoticias que vai provar que Eder Moraes, atual secretário da Copa 2014, mentiu ao afirmar que ele seria o responsável pela idealização do projeto e dispensa de licitação para aquisição de radares russos para serem montados em 10 Land Rover, com objetivo de patrulhamento na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.
Carlos Brito afirma que vai levar documentos para o promotor de Patrimônio Público, Clovis Almeida Júnior, provando que Eder Moraes está mentindo. Brito e Moraes tornaram-se desafetos quando ambos bateram boca em audiência pública sobre o modal de transporte escolhido para Cuiabá, na Assembleia Legislativa, no dia 2 de setembro. Depois disso, a Agecopa foi dissolvida e transformou-se em Secopa, também sob comando de Eder.
“Já tinha sido convocado pelo MP e agora vou mostrar a mentira de Eder (Moraes) na terça-feira (8)”. Brito disse que marcou para tarde desse dia o encontro com o promotor Clovis Almeida.
Na sexta-feira (4), o Governo do Estado anulou contrato com a Global Tech no valor de R$ 14,1 milhões para aquisição dos veículos com radares por parte da Global Tech. A anulação ocorreu após o HiperNoticias publicar com exclusividade documento em que o Exército afirma não ter dado autorização para a empresa montar, produzir e comercializar tais equipamentos. Leia aqui.
Eder quis chamar para si a responsabilidade da decisão em anular o contrato com a Global Tech, mas para isso teria de encontrar um “boi de piranha”. A ideia de atribuir a fenomenal falha de contratar uma empresa de fachada pode dar errado. Isso porque Brito garante que a documentação a ser apresentada mostra exatamente o contrário da acusação feita por Eder Moraes. O outro citado por Eder é Yênes Maglhães, que não retorna às ligações para falar do assunto.
“Quando fui à (audiência na) Assembleia Legislativa, me apresentei como cidadão comum para fazer questionamento sobre o VLT (modal de transporte), já que não tinha acesso a mais nenhuma decisão dele (Eder) também sobre outros assuntos da Agecopa”, disse Brito.
Segundo Carlos Brito, foi ele quem iniciou o diagnóstico sobre a segurança na fronteira, que é uma exigência da Fifa para realização de jogos da Copa do Mundo, para se reduzir os riscos de violência e criminalidade. Com a exigência de Eder em proibir decisões de Brito em assuntos relativos à diretoria que conduzia, a de Infraestrutura, todos estudos foram encaminhados para o então presidente da autarquia.
“Eder Moraes e outros diretores foram quem assinaram a autorização para contratar a empresa (Global Tech). Vou atender chamado do Ministério Público e apresentar toda documentação que prova a mentira de Eder”, afirma Brito.
MINISTÉRIO PÚBLICO
O promotor de Patrimônio Público, Clovis Almeida Júnior, disse ao HiperNoticias na sexta-feira (4) que mesmo com a anulação do contrato com a Global Tech, prosseguem as investigações a respeito da contratação da empresa.
Segundo ele, a intenção é verificar se houve dolo (intenção) quando a diretoria da Agecopa contratou a empresa. “Se isso ocorreu, quem for responsabilizado deve ser indiciado em improbidade administrativa”, alertou Clovis.
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