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Galindo dá poderes a sobrinho de Dante e compra briga com Câmara
Patrícia Sanches (RDNews)
Sobrinho do ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), Leonardo Oliveira encontra abrigo no PTB e usa máquina
O prefeito de Cuiabá Chico Galindo (PTB) deu carta branca para o sobrinho do ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), Leonardo Oliveira, que recentemente se filiou ao PTB, comandar a pasta de Infraestrutura, e acabou comprando briga com os vereadores da legenda. Acontece que, com o aval do prefeito para dirigir uma das pastas mais estratégicas do Alencastro, o diretor de Serviços Urbanos e Limpeza já manda mais que o secretário Lécio Monteiro, para desespero de Júlio Pinheiro, Clovito Hugueney e Marcus Fabrício, que disputarão votos com Leonardo em 2012.
Além dos petebistas, outros parlamentares já demonstram descontentamento com os superpoderes do diretor. Com a saída de Paulo Borges (PSDB) da secretaria, eles haviam exigido de Galindo que nenhum candidato a vereador fosse nomeado secretário da pasta. O prefeito cumpriu o prometido. O problema é que ele também fez um acordo com Leonardo. Para que deixasse o PSDB e se filiasse ao PTB, Galindo garantiu que lhe devolveria o cargo de diretor na Seminfe.
O sobrinho de Dante deixou o cargo durante a gestão Wilson Santos (PSDB) devido a brigas com o então secretário Euclides Santos. Agora, voltou com o poder da caneta e comanda o programa Cidade Limpa, tido como a menina dos olhos do prefeito, que comprou 67 caminhões e várias máquinas, num investimento de R$ 13,5 milhões, para que a secretaria consiga ampliar as ações na Capital, melhorando a imagem do Executivo junto à população.
O diretor é pré-candidato à Câmara pela terceira vez. No pleito de 2008 obteve 2.351 votos e ficou como suplente. Chegou a assumir por cerca de 2 meses a cadeira de Lueci Ramos (PSDB) neste ano.
Além do retorno político, já que Leonardo atua junto aos bairros e acaba tendo destaque, o ex-tucano também estaria com a autonomia para fazer a maior parte das nomeações dentro da secretaria. Diante da crise interna, Galindo se articula para agradar gregos e troianos. Busca outras alternativas para acalmar a Câmara e manter a boa relação com o Legislativo.
Eder descarta quebra de contrato e vê cunho político
Laura Nabuco(RDNews)
Eder Moraes
O secretário extraordinário da Copa, Eder Moraes, saiu em defesa da compra das 10 Land Rover Defender, com o Conjunto Móvel de Monitoramento, e afirma não trabalhar com a hipótese de cancelamento do contrato com a empresa Global Tech, responsável por mediar a negociação entre o Estado e a Rússia, país de origem dos veículos. "Se o Governo ceder, para mim, será decepcionante", enfatiza.
Segundo Eder, a polêmica entorno do custo de R$ 14 milhões nos conjuntos é uma tentativa, encabeçada por "movimentos ocultos", de diminuir os efeitos positivos trazidos com a realização da Copa do Mundo em Cuiabá. Sem citar nomes, o secretário afirma haver pessoas com interesses políticos "plantando uma série de notícias infundadas". "Não podemos ceder à pressão de quem está interessado apenas nas eleições", acusa.
Eder ressalta que a compra das Land Rovers cumpriu ao menos 26 etapas previstas por lei, entre elas a certificação dos equipamentos, visitas técnicas de inspeção, além de ter contado com os pareceres da Procuradoria Geral do Estado e do Exército Brasileiro. Sobre as investigações realizadas pelos órgãos de fiscalização, ele afirma já ter defendido a compra junto ao Ministério Público de Contas e ter protocolado a defesa sobre os apontamentos dos auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE). "Esse processo não se iniciou na minha gestão, mas estou convicto de que é o melhor para Mato Grosso", enfatiza.
Dos R$ 14 milhões, o Governo já pagou cerca de R$ 2,1 milhões a título de caução. O restante será pago em três parcelas, sendo a primeira, de R$ 2,8 milhões, quitada até 31 de dezembro deste ano, quando as duas primeiras unidades serão entregues. As demais, ao custo de R$ 4,7 milhões cada, serão pagas no último de 2012 e 2013. "É preciso acabar com essa ideia de que a compra foi a cima do preço. Uma confusão proposital e com interesses políticos", reclama.
O secretário também justificou a diferença entre o preço pago pelo Estado por cada uma das Land Rovers, R$ 226 mil, e o praticado no mercado, R$ 160 mil, afirmando que os veículos foram customizados para se adaptar à função que desempenharão. "Estamos cansados de ver o combate à criminalidade com armas obsoletas. Quando se investe em equipamentos de última geração criticam, quando não, também. Prefiro ser criticado por investir", argumenta.
Conforme Eder, os 10 Conjuntos Móveis de Monitoramento atuarão na fronteira do Estado com a Bolívia no combate ao narcotráfico, além de prestar apoio à repressão a assaltos a bancos e crimes organizados. "Não dá para enfrentar tudo isso com carroças", conclui.
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