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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Família da pesada a do amigo e braço direito de Mauro Mendes, o homem que assinava os cheques de campanha, Francisco Serafim de Barros, superintendente da Fiemt!

Pai contratou quatro pistoleiros para matar o próprio filho tendo por motivação fortuna ganha na loteria!

Filho a ser assassinado já tinha matado um e ferido outro em Cuiabá também por causa de um outro tipo de jogo: BINGO


A Polícia Civil prendeu hoje em Rio Verde (GO) todos quatro pistoleiros contratados para executar o fazendeiro Fábio Cézar Barros de Leão, de 40 anos. A morte dele havia sido encomendada pelo próprio pai, o superintendente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Francisco Serafim de Barros, de 60 anos.

Os pistoleiros são José Gonçalves de Moraes, Florêncio Rodrigues Oliveira, Adriano Oliveira Silva e Maxwsuel Silva. Eles confirmaram terem sido contratados pelo ex-superintendente do Basa (Banco da Amazônia em Mato Grosso).

Ontem à noite, a Polícia Civil de Mato Grosso prendeu numa fazenda no distrito de Santa Elvira, em Jaciara, Fabiano Leão de Barros, que é irmão de Fábio e filho de Francisco. Todos detidos foram recambiados hoje para Mato Grosso do Sul, onde o processo tramite.

Entenda o caso

Francisco Serafim de Barros foi preso ontem acusado de encomendar o assassinato do próprio filho Fábio Cézar Barros Leão, 40. O irmão de Fábio, Fabiano Barros Leão, também está com mandado de prisão decretado e é acusado de contratar os pistoleiros. O crime tem como motivação a briga por R$ 28,8 milhões.

O cumprimento do mandado de prisão preventiva, expedido pelo juiz da comarca de Bandeirantes (MS), ocorreu na tarde de ontem quando o superintendente deixava a Fiemt.

O delegado Luciano Inácio, da Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais (GRSIE), afirma que apenas recebeu a determinação para cumprir o mandado de prisão contra Serafim. O caso foi investigado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Conforme o advogado Ricardo Monteiro, que representa Fábio, pai e filho brigam na Justiça pela quantia ganha por seu cliente em um jogo da loteria há 4 anos. O dinheiro foi depositado na conta de Serafim, que se recusa a devolver o montante.

Filho sem conversar com o pai há 2 anos

Aparentando estar bastante abalado, Fábio Cézar afirmou que não conversa com o pai há 2 anos, desde que deu entrada no processo em Juscimeira para tentar reaver o dinheiro. Ele afirma que o pai era administrador dos seus bens e não queria devolvê-los e, por isso, teve que acioná-lo na Justiça. "Onde se pode imaginar que o pai e o irmão vão matar um filho? A gente só vê isso na televisão, em filme. Minha cabeça está a mil".

Fábio, que estava ontem em Cuiabá, garantiu que hoje mesmo deixa a cidade e nunca mais quer ver os familiares. "Quem imagina um trem (sic) desse, sangue do meu sangue".

Ele conta que ficou sabendo que o crime foi encomendado pelo pai e os pistoleiros contratados pelo irmão na terça-feira (26). Há 90 dias, quando estava em Campo Grande (MS), onde possui uma casa e mora sua noiva, soube que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu 2 pistoleiros com várias armas e com fotos dele. "Jamais imaginei que seriam eles (pai e irmão)".

Após o flagrante da PRF, o delegado de Mato Grosso do Sul, Ivan Barreiras, iniciou uma investigação e, segundo o advogado Ricardo Monteiro, descobriu que os pistoleiros haviam sido contratados por Serafim e Fabiano para matar Fábio.

Apesar de todos problemas, Fábio diz que o dinheiro lhe trouxe "coisas materiais muitas boas", mas que destruiu sua família.

O início da celeuma

Ricardo Monteiro conta que Fábio depositou o valor do prêmio na conta do pai porque na época que foi contemplado não dispunha de conta bancária na Caixa Econômica Federal. Ele retirou o prêmio em Brasília por medo de ser identificado em Mato Grosso.


Cerca de 1 ano após emprestar a conta de Serafim, Fábio pediu o dinheiro de volta, mas seu pedido foi negado pelo pai.

Bens que motivaram discórdia

Entre os bens que acusado e vítima brigam na Justiça está uma área de 1,9 mil hectares, a Fazenda Oriente II, situado às margens direita da BR-163, em Juscimeira, e é avaliada em R$ 11 milhões, valor que faltaria Sefarim repassar para o filho.


Monteiro destacou que Serafim já perdeu várias vezes na Justiça e teve imóveis e bens bloqueados por conta da briga. Ele comenta ainda que o próprio superintendente admite que o ganhador do prêmio é o filho, porém se recusa a devolver o dinheiro.

Homicídio em Cuiabá

Fábio Cézar responde pelo assassinato de Mário Gregório de Almeida, 32, e tentativa de homicídio de Rodrigo Jesus de Oliveira, 18, durante um bingo beneficente no Bar do Pequeno, organizado pela comunidade do bairro Sucuri para levantar fundos para realizar a Festa de São Benedito. Os crimes ocorreram em 27 de março de 2005.


Conforme o Ministério Público, Fábio começou a discutir com Rodrigo após anunciar erroneamente um número que não havia sido sorteado durante o jogo. Rodrigo teria ficado bravo porque Fábio havia errado e demorava para corrigir.

Inconformado, momentos depois de encerrar a discussão, Fábio sacou a arma e efetuou vários disparos atingindo Rodrigo no tórax e acertando a cabeça de Gregório que morreu na hora.

Em depoimento, na época do crime, o acusado afirmou que a vítima era integrante de uma gangue, que começou a xingá-lo e ameaça-lo dizendo que "iriam meter o pé na mesa e que se eles perdessem iriam socar bala em quem estava cantando a pedra".

Ao cantar a pedra errada e tentar anunciar novo número, Fábio afirma que a gangue se levantou da mesa, liderada por Rodrigo e, neste momento, sacou a arma efetuando os disparos.

No inquérito, a testemunha Rita da Conceição Arruda afirma que Fábio, antes de começar a cantar o bingo, avisou que não admitiria reclamação "e se esta houvesse, ele iria meter bala". Outra testemunha, Jucinei Gregório da Guia, afirma que assim que Rodrigo ficou em pé na mesa, Fábio sacou a arma e começou a atirar.

A Justiça já determinou que Fábio enfrente o júri popular pelos crimes, mas ele recorreu e o processo foi encaminhado para o Tribunal de Justiça.
(Fonte: Sejusp)

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