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Ex-governadores trocam “farpas” por causa do Hospital Central de Cuiabá
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Silval Barbosa decide retomar obras, mas provoca troca de acusações entre deputados federais Julio Campos e Carlos Bezerra
PAULO COELHO (Hipernotícias)
As obras do Hospital Central de Cuiabá, paralisadas há cerca de 25 anos, serão retomadas pelo governo do Estado. O anúncio feito nesta segunda (12 ) pelo governador Silval Barbosa (PMDB), causou surpresa e deixou constrangidos ao menos dois ex-governadores que comandaram o Estado nesse período.
O início da obra ocorreu no governo do atual deputado federal Júlio Campos (DEM) que administrou Mato Grosso de 1983 a 1987, quando o secretário de Saúde do Estado era o médico Gabriel Novis Neves.
“Eu estava terminando o meu governo e o então ministro do Planejamento resolveu cortar o financiamento simplesmente porque eu apoiei Paulo Maluf (ex-prefeito e ex-governador de São Paulo e candidato à Presidência da República) na sucessão do (ex-presidente) João Figueiredo e fiquei mal visto pela turma da Nova República, que era a turma do PMDB e então o que eles puderam fazer para me sabotar politicamente eles fizeram e, com isso, cortaram minha possibilidade de financiamento já aprovada pela Caixa Econômica na época”, narrou Júlio Campos, que esteve na solenidade de lançamento nesta segunda (12) do Hospital Universitário Federal, que deve ser construído até 2014 em Cuiabá.
Julio iniciou e não terminou... Por fim, culpou Carlos Bezerra
Por essa razão relatada pelo hoje parlamentar democrata, não foi possível à ocasião concluir o Hospital Central e, para Campos, alguns governos que o sucederam foram muito radicais politicamente e deixaram de terminar a obra.
“Naquela época o (o ex-governador Carlos) Bezerra era extremamente radical, numa briga de PMDB com PDS e não se interessou e inclusive deixou a obra ser invadida”, relembrou.
Crítica que não foi bem recebida por Bezerra, hoje deputado federal pelo PMDB e que também chegou a dizer que o projeto de Júlio Campos para o Hospital Central foi planejado para ter até “suíte de hotel cinco estrelas”, por isso seria inviável para Mato Grosso.
Carlos Bezerra rebateu classificando a obra como "faraônica"
“Nesse hospital tem que mudar tudo, não fiz na minha gestão porque o Ministério da Saúde não aprovava um projeto daquele tipo, era faraônico”, explicou-se o peemdebista. Bezerra governou Mato Grosso de 1987 a 1990.
Bezerra e Campos tiveram de ouvir de Silval, em alto em bom som, que o Hospital Central “será retomado pelo Governo do Estado, seja pelas PPPs (Parcerias Público Privadas) ou sei lá como, mas vamos acabar com aquele elefante branco”.
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