Governador será testemunha de defesa de homens que dominaram, amarraram, torturaram e queimaram vivos três assaltantes no famoso caso da “chacina de Matupá”
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Silval administrava a cidade quando ocorreu o sanguinolento massacre!
Não bastassem os problemas que assolam sua administração, o governador foi convocado para defender criminosos sádicos e autores de uma chacina brutal que repercurtiu no Brasil e no Mundo
Os quatro acusados de participarem da Chacina de Matupá (720 km de Cuiabá) sentarão ao banco de réus no dia 4 de outubro e vão a julgamento por um dos crimes mais bárbaros já ocorridos em Mato Grosso, com repercussão internacional, sendo noticiada até mesmo pela CNN. Entre as testemunhas de defesa, o governador Silval Barbosa (PMDB), ex-prefeito da cidade interiorana, é um dos convocados pela justiça para comparecer ao Fórum da cidade. O julgamento está marcado para começar às 8h. Serão julgados Vademir Pereira Bueno, Alcindo Mayer, Arlindo Capitani e Santo Caioni.
O crime ocorreu há 21 anos e chocou a população local. Apesar do tempo, a chacina é lembrada pela maioria das pessoas que presenciou o assassinato de três assaltantes, queimados ainda vivos após invadirem uma residência e fazerem uma família refém.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE), o crime ocorreu no dia 23 de novembro de 1990, após uma tentativa de roubo frustrada. Os assaltantes Osvaldo José Bachmann e os irmãos Arci e Ivanir Garcia dos Santos invadiram uma casa no município e permaneceram por mais de quinze horas no interior da residência com a família. Apesar da promessa da polícia de que nada ocorreria com os assaltantes, eles foram linchados pela população, que atearam fogo neles ainda vivos.
“A escolta policial, que tinha o dever de assegurar a integridade dos presos, não conseguiu impedir que estes fossem entregues à população que, com requintes de crueldade, efetuou disparos de arma de fogo, desferiu pauladas e chutes, e posteriormente, ateou fogo sobre as vítimas que ainda estavam vivas”, ressaltou a promotora de Justiça que atua no caso, Daniele Crema da Rocha, por meio da assessoria.
Repercussão mundial
As cenas da execução das vítimas, filmadas por um cinegrafista amador, foram amplamente divulgadas, inclusive por veículos internacionais. Por meio dessas imagens, foi possível, durante o inquérito policial, identificar 18 autores dos crimes.
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