Pedro Taques chafurda na rotina viciada da política - e se reúne com "lideranças progressistas", não para discutir como reforçar o povo no enfrentamento de seus problemas, mas para planejar eleições de 2012. Eleitos em 12, se reunirão para pensar 2014
13/09/2011 - 00:20:00O encontro da chamada coligação 'Mato Grosso Muito Mais', realizada na manhã desta segunda feira representa, no modesto entendimento deste blogueiro, um verdadeiro escárnio para tantos quantos votaram e apoiaram os políticos e os partidos que lá estiveram, acreditando que eles poderiam produzir alguma coisa diferente para a política de Mato Grosso. O encontro liderado pelo senador Pedro Taques (PDT), reuniu neste dia 12 de setembro de 2011 representantes do PDT, PSB, PPS, PV. Com a possivel inclusão do PSDB, o grupo discute, basicamente, os preparativos para a Eleição 2012. Pelo que divulgam as proprias assessorias dos presentes, não se falou em Segurança Pública, Saúde e Educação. Esqueceram-se da lição comezinha do apóstolo Paulo, segundo o qual há tempo de plantar e tempo de colher. Nossos representantes viciados no lado negro da político, só pensam em colher as custas do povo.
Quer dizer, se reunem para tratar dos interesses de suas corporações partidárias, de costas viradas para os problemas que a população de Cuiabá e de Mato Grosso vivem neste exato momento - com as pessoas com medo de adentrarem numa agencia bancária e serem alvo do explosivo ataque das quadrilhas, o setor de Saúde mercadejado pelo secretário Pedro Henry enquanto as filas para cirurgias se avolumam por todos os cantos e nem mesmo os planos de saúde servem mais como uma saídad confiavel, com a Educação colhendo mais um desastroso resultado para as escolas públicas nas estatísticas do Enem, com a comunidade de Cuiabá sem saber o que será feito efetivamente de transformação urbana na cidade no rumo da Copa de 2014. Apagam-se os compromissos eleitorais, esquece-se tudo aquilo que se disse e galvanizou a população. Numa reunião assim, Pedro Taques acaba mesmo se confundindo com Guilherme Maluf, o PSB fica com a cara do PSDB. Por que não convidar o PSD, o PMDB e o PR pressa roda, já que o intesse é só somar votos?
O povo grita, os problemas gritam - e os nossos 'políticos progressistas', em salas bem refrigeradas, muito diferente dos busões calorentos dentro dos quais nosso povo arrasta o seu destino pelas ruas de Cuiabá, e ficam tratando de combinar suas boquinhas para 2014. Eles fazem assim porque não os politicos, se acham os eleitos e estão certos, talvez, de que o povo irá mais uma vez atrás deles, somente lá em 2012, como se tudo dependesse da política partidária. Como se tudo, todos os problemas pudessem ser congelados e dar um tempo, enquanto os 'progressistas' de Cuiabá sonham com o que vão faturar nas urnas de 2014.
Quando foi que Pedro Taques convocou Mauro Mendes, Percival, Pivetta, Luciane Bezerra, Valtenir e outros que tais para definir ações urgentes em favor da Educação de Mato Grosso, da segurança pública, da urgente e sempre adiada reforma agrária?
No exato momento em que os "progressistas" se reuniam no gabinete bem refrigerado de Pedro Taques, professores e demais trabalhadores da Educação faziam um suada e sacrificada concentração diante da Assembléia Legislativa para denunciar o continuado descaso do Governo do Estado com a Educação.
Em sua vigilia, além de mirar a administração de Silval Fugitivo Barbosa, os trabalhadores da Educação bem que poderiam ter falado contra o descaso dos políticos todos, mesmo dos ditos 'progressistas' que nunca aparecem para somar força com os lutadores das escolas públicas no seu esforço para mudar a realidade que se observa nas escolas e acaba sempre sendo exposta para todo o Brasil, no momento em que se divulga mais um resultado das pesquisas do Enem.
De acordo com Gilmar Soares, presidente do Sintep, cerca de 200 das 730 escolas da rede estadual apresentam péssimas condições de infraestrutura. Algumas estão há mais de 30 anos sem passar por reformas, outras enfrentam problemas nas instalações elétricas, falta de climatização, entre outros. Quer dizer, hoje, aqui, agora, nesta segunda-feira, 12 de setembro de 2011, a criançada pobre das periferias de Cuiabá continua tendo que estudar dentro de fornos que alguns chamam de sala de aula, enquanto o governador Silval com seu séquito vive de solenidade em solenidade e os 'politicos progressistas', em salas bem refrigeradas, vão arregimentando suas forças para saber quem é que fica com o poder em 2012, em 2014, em 2016, numa sucessão sem fim.
Os politicos discutem os seus rumos eleitorais, mas como é que fica o povo? É só com eleição e durante a eleição que essa gente da política fala dos problemas do povo? Será que não dá pra fazer dos problemas do povo a prioridade absoluta do momento - e deixar as eleições para os períodos eleitorais, como aliás nos recomenta da legislação em vigor? Os votos e o apoio popular deve vir como resultado da ação dos políticos, não é assim que reza a boa cartilha da política?
A assessoria de Pedro Taques me passou um release informando que a reedição da aliança responsável pela eleição do senador pedetista, de dois deputados estaduais e um federal, em 2010, foi o foco da reunião. Ora, bolas. Isso não tem novidade nenhuma. Os partidos tradicionais sempre fizeram assim, os politicos viciados sempre seguiram esta receita. Até quando essa gente vai continuar pensando em eleição enquanto o povo tenta sobreviver condignamente lá fora?
Participaram do encontro desta segunda-feira o empresário Mauro Mendes (PSB); o deputado federal Nilson Leitão (PSDB); os deputados estaduais Zeca Viana (PDT), Percival Muniz (PPS), Luciane Bezerra (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB); o ex-deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT); o vereador Adevair Cabral (PDT); o líder do PV, Aluísio Leite, o empresário Aldo Locatelli e outras lideranças politicas e sociais.
Todas estas pessoas parecem que são viciadas no politiques. Não sabem fazer outra coisa. Não conseguem fugir da danação da politica. Não conseguem fazer da atuação social uma coisa natural em suas vidas. Não conseguem ofertar nada de novo no cenário mato-grossense. Sim, porque algo de novo seria eles se reunirem para planejar ações concretas sobre uma realidade amarcada por sérios e graves conflitos - AGORA, JÁ!. Eu pelo menos penso assim. O que voce acha, caro leitor desta PAGINA DO E. [ Alguém já me disse que eu tenho poucos leitores, alguém já me disse que talvez eu escreve para as paredes. Mas eu sei que, aqui e agora, a minha responsabilidade é escrever. ]
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