quinta-feira, 24 de junho de 2010
Villa, do Supersitegood, comprando briga de arrepiar penas de porco espinho com milionários donos de agências de publicidade que hoje ditam as regras no Estado e no País!
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USURÁRIOS ESTATUTÁRIOS
Agências de publicidade,
os "Arcanjos" de sempre
Se o brasileiro precisa trabalhar até o final de maio para pagar taxas e impostos, para a mídia, o prazo termina no final de julho, por conta do percentual de 20% sobre o faturamento bruto cobrado pelas agências de publicidade.
Nem o comendador-agiota João Arcanjo Ribeiro -- que se contentava com 10% -- ousou tanto, o que explica a ostentação de riqueza dos donos de agências, proprietários de 9 entre 10 carrões importados top de linha que por aqui abundam.
Só para se ter uma ideia, superficial, do faturamento: a conta de publicidade do governo do Estado oscila em torno de 40 milhões de reais/ano -- aforante os tais "aditivos" --, o que somado às dos demais poderes, prefeituras e penduricalhos alcança a casa dos 150 milhões de reais/ano -- daí as recorrentes brigas no Judiciário entre ganhadores e perdedores.
O "melhor" de tudo:
Além dessa rapinagem nas empresas jornalísticas, aquele brava gente bronzeada cobra os tubos do cliente, a título de "produção" e "gerenciamento de mídia".
"Melhor" ainda:
Sabe-se lá porque -- mas não está proibido imaginar -- os órgãos públicos deixam por conta das agências a escolha dos meios de comunicação que serão contemplados com anúncios.
Traduzindo:
Quem se atreve a criticar o governo, qualquer governo, está fora do negócio -- mesma condição que as agências tentam impor aos anunciantes privados.
"Mais melhor", ainda:
As notas fiscais devem ser entregues, no máximo, até o dia 5 e, quando o financeiro atrasa a liberação dos recursos, o cliente passa a viver uma situação totalmente absurda, surreal: é obrigado a pagar imposto sobre um faturamento que não entrou em caixa, por culpa do próprio governo, mas ninguém reclama, com medo de ser "penalizado" pelo próprio governo, pelas agências ou por ambos.
Well...
Tal percentual -- 20%, o que corresponde ao lucro líquido das empresas, descontatos todos os encargos e outras despesas -- foi estabelecido na época em que a inflação beirava 80% ao mês, realidade econômica bem diferente desde o Plano Real.
O curioso é que nenhum deputado ou senador tenha se preocupado em propor uma redução daquele percentual para níveis mais "civilizados", vamos resumir assim.
Uma de duas:
Ou têm interesse em agências ou na asfixia econômica das empresas jornalísticas, para manipulá-las política e ideologicamente.
É o nosso parecer.
E ficam revogadas todas as disposições
-- e indisposições, em sentido contrário.
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