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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Muita cara-de-pau ou PLANTAÇÃO: Antonio Pagot continua traindo Silval Barbosa?
Pagot orienta candidato do PR a não bater em Mendes para ter 2º turno
Romilson Dourado (RDNews)


O ex-supersecretário da gestão Blairo Maggi, executivo Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, um das autarquias mais cobiçadas da estrutura do governo federal, continua agindo nos bastidores em defesa da candidatura ao Palácio Paiaguás do empresário Mauro Mendes (PSB), embora declare publicamente que seu candidato a governador seja o governador Silval Barbosa (PMDB). Uma das testemunhas da jogada conspiratória de Pagot é o ex-prefeito de Itiquira e empreiteiro Ondanir Bortolini, o Nininho, candidato a deputado estadual pelo PR, mesmo partido do ex-secretário.

Na semana passada, Pagot chamou Nininho para uma conversa e o advertiu. Pediu para este não bater em Mendes, sob pena de tirar votos do candidato socialista. O diretor-geral do Dnit observou no diálogo que Mendes vai estar no segundo turno contra Silval. Nininho prometeu seguir a orientação. Ambos possuem relações estreitas. Pagot atua como espécie de patrocinador da campanha do ex-prefeito. Nininho é dono das empreiteiras Transterra e Tripolo Construção, que ganhou licitação para "abocanhar" nada menos que R$ 30 milhões na construção da rodovia estadual que liga Cuiabá a Nobres. Sua inserção no caixa do governo estadual se deu a partir da administração Maggi e com empurrão de Pagot, que era secretário de Infraestrutura.

Mesmo filiado ao PR, que integra o arco de 11 partidos da coligação pró-Silval, Luiz Pagot deixa constantemente digitais que apontam para o seu candidato de fato a governador. Isso tem deixado numa saia-justa o ex-governador Blairo Maggi, candidato a senador e padrinho político de Pagot. A rebeldia do ex-secretário vem desde o ano passado. Ele foi um dos principais responsáveis por tirar Mendes do PR e levá-lo para o PSB, com discurso de que, assim, seria possível construir uma terceira via.

E, assim, o candidato socialista enfrentou a todos e, mesmo com uma coligação menor, composta de quatro agremiações (PSB, PPS, PV e PDT), chega aos 20 dias finais da campanha em segundo lugar. Mendes superou o ex-prefeito da Capital Wilson Santos (PSDB) e, dependendo do seu desempenho eleitoral a partir de agora, pode conseguir levar as eleições para o segundo turno, o que está preocupando Silval, até então convicto de que ganharia no primeiro. O intrigrante é que, a cada notícia de que estaria em outro palanque, Pagot costuma ressurgir ao lado do peemedebista. Faz questão de posar para fotografia e anunciar que Silval é "o melhor". Nos bastidores, porém, a torcida é para Mendes. Esse é o preço do jogo democrático.

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