Pegando fogo!
Após deixar PP, Riva dispara críticas à contratação de OSS por Henry
Andréa Haddad (RDNews)
Após deixar o PP para articular a criação do PSD no Estado, o presidente da Assembleia, José Riva, teceu duras críticas à política implementada pelo secretário de Saúde, Pedro Henry (PP), que prevê a contratação de Organizações Sociais de Saúde (OSS) para o gerenciamento das unidades hospitalares de Mato Grosso. “O poder público é incompetente para tocar um serviço essencial com qualidade e coloca outro de qualidade duvidosa”, reclama.
Ele afirma que em outras regiões do país a implementação das OSS não funcionou. “Em São Paulo e Pernanbuco, por exemplo, este sistema começou a fracassar. Primeiro porque não dá para mensurar o valor do repasse com a tabela do SUS, que é imprativável”, analisa.
O presidente da AL também pondera que, se as unidades de Saúde de Cuiabá e Várzea Grande não comportam a demanda, as OSS também vão enfrentar dificuldades para atender todos os pacientes. “A pura e simples implementação das OSS não vai resolver. O Estado precisa investir mais em Saúde. Se a economia de Mato Grosso cresce 10% ao ano, é natural que a demanda por verba em segurança pública e saúde também seja proporcional”, aponta.
Riva alerta para os corriqueiros atrasos no repasse das verbas. “Experimenta deixar de pagar OSS para você ver no que vai dar”. Segundo ele, um hospital precisa de 150 leitos, no mínimo, para ser viável.
O deputado também aproveita para cutucar Henry, que preside a executiva regional do PP. Riva deixou a legenda e acabou provocando uma verdadeira debandada de progressistas rumo ao PSD. “Acho que o secretário Pedro Henry está bem intencionado, mas uma medida como esta precisa de diálogo com a categoria envolvida. Ele deveria ter consultado os médicos, por exemplo, chamado os profissionais para explicar o funcionamento do novo modelo”, avalia.
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