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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Rodovia BR-163 vira símbolo de ineficácia do PAC 1, diz Estadão

Laura Nabuco (RDNews)

A pavimentação e duplicação da BR-163, entre Guarantã do Norte (MT) e Santarém (PA), foram classificadas como um caso emblemático da lentidão das obras do PAC 1, pelo jornal O Estado de S. Paulo, em circulação neste domingo (30). Segundo a reportagem, cerca de dois terços dos empreendimentos do programa, lançado em 2007, ainda não estão concluídos, e mais de 20% sequer foram iniciados.

Segundo o jornal, entre as obras com mais problemas estão as que envolvem rodovias. A falta de técnicos e o despreparo no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), comandado até julho deste ano por Luiz Antônio Pagot, foram apontados como os principais entraves para a conclusão dos trechos. Muitas das obras estariam paradas devido a irregularidades, por serem iniciadas com estudos técnicos inadequados.

As falhas e, principalmente, a quantidade de aditivos foram justamente o estopim da crise que culminou na saída de Pagot do órgão e, mais tarde, do próprio ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. À época, denúncia da revista Veja apontou que os dois órgãos fariam parte de um esquema de pagamento de propina para caciques do PR em troca de contratos.

Na BR-163, conforme o Estadão, a paralisação teria ocorrido pela necessidade de transferência de uma rede de transmissão de energia. No início de setembro deste ano, o governador Silval Barbosa (PMDB) percorreu a rodovia com a comitiva, composta por profissionais da China, da Rota da Integração. Na ocasião, o peemedebista garantiu que as obras serão concluídas. “O governo federal disse que pode faltar dinheiro para tudo, menos para finalizar a BR-163”, enfatizou;

A rodovia liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) e é tida como uma alternativa mais econômica para o transporte de grãos. Para se ter uma ideia, de Lucas do Rio Verde até Santarém são percorridos 1,4 mil quilômetros, enquanto até o porto de Santos (SP) são mais de 2 mil quilômetros. Já no caminho feito pelos navios, a economia é de pelo menos 5 mil milhas, proporcionando uma economia de 30% no transporte.

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