Relação entre Riva e Henry está cada dia mais azedada
O relacionamento entre os grupos políticos liderados pelo deputado estadual José Riva (PSD), presidente da Assembléia Legislativa, e pelo deputado federal licenciado Pedro Henry (PP), secretário estadual de Saúde, que já estava deteriorado por conta da debandada de lideranças progressitas para o PSD, fica mais azedado a cada dia, nos bastidores.
Na atual conjuntura, o clima de tensão aumentou por conta da "ameaça" de Henry em deixar a Secretaria de Saúde e retornar à sua cadeira na Câmara dos Deputados, que hoje é ocupada pelo suplente Roberto Dorner, um dos ex-líderes do PP que migrou para o PSD sob orientação de Riva.
Nas antesalas do Palácio Paiaguás, sobretudo na Casa Civil e no gabinete do governador Silval Barbosa (PMDB), os comentários das lideranças dão conta de um "movimento brusco" de Riva caso Henry insista em reassumir a cadeira de deputado federal.
"O Riva pode até mesmo pedir pro governador Silval Barbosa a indicação do secretário de Saúde caso o Pedro (Henry) mantenha essa disposição de deixar o cargo e retornar para a Câmara", declarou uma fonte da Casa Civil ouvida pelo Olhar Direto.
Henry estaria cogitando voltar à Câmara porque o secretário de Ciência e Tecnologia, o deputado federal Eliene Lima (PSD), reassumiu a vaga ocupada por Neri Geller, um dos poucos líderes do PP que não seguiram a batuta de Riva. Ou seja: seria uma espécie de troco de Henry para Riva.
Para o Olhar, Eliene Lima ressaltou que seu retorno fora um acordo de cavalheiro firmado com Geller, anterior às discussões sobre as migrações de líderes do PP para o PSD.
"Eu tinha um acordo com o Neri (Geller), e o governador sabia disso, de reassumir a vaga para apresentação das minhas emendas", assegura Lima. Geller também confirma os termos do acordo.
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