"Trambiques" descobertos ou perseguição política ?
Secretário de Fazenda manda três figurões da pasta arrecadadora patinar na neve do Saara!

Antigamente se um garimpeiro roubava algum diamante e, pego em flagrante, era linchado na hora. Já os antigos agentes arrecadadores do Tesouro Estadual, mais tarde denominados "exatores", dormiam com malas de dinheiro em casa e, ao final do mês, entregavam tudo certinho ao "homem do cofre", no Alencastro, em Cuiabá. Não, de forma alguma, não era Chico Galindo o "dono da chave". Se assim o fosse, nada de cofre cheio como nos governos João Ponce, Fernando Correa, Pedrossian, Fragelli e Frederico Campos. Era uma época dura, de homens que honravam o fio do bigode e temiam a cadeia e desonra pública. "Demitido a bem do serviço público" com perda de bens e "cana", era o próprio inferno aqui na terra.

Hoje virou moda roubar(dinheiro público). Ninguém vai preso, e se vai, permanece menos de uma semana na cadeia. E quem não rouba ainda é criticado, afastado das rodinhas até ser encostado num cantinho qualquer, com uma cadeirinha furrela e uma mesinha bem desbotada, com a plaqueta de "tapado" nas costas. Também virou moda substituir ou exonerar servidores e comissionados por pura perseguição política. Resumindo, não se sabe a razão de, numa só "canetada" o secretário de Fazenda de Mato Grosso,Edmilson dos Santos, ter exonerado três gerentes de agências fazendárias(nova denominação para EXATOR?). Ganharam as contas do cargo comissionado Elaine Cláudia Braga, que respondia pela agência de Rondonópolis; Rosani Fischer Arndt, de Porto dos Gaúchos, e Ruitenaldo Silva Souza, então gerente do pólo fazendário de Cáceres. A Sefaz não esclareceu as razões para a triplo exoneração, por meio do Ato 2.690, assinado na terça (21) por Edmilson e reforçado pelo governador Silval e pelo secretário-chefe da Casa Civil José Lacerda. Para a gerência em Rondonópolis foi destacado Adilson Mikuska, enquanto Maria Madalena assumiu em Porto dos Gaúchos e, Andrea Vicari, o posto de Cáceres.