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sábado, 30 de abril de 2011

Ely Santantonio
Curto&Grosso


Vida agitada

Uma coisa não consegui aprender ao longo dos anos: "Morder e Assoprar"
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Repensando a vida ,hoje, cheguei a conclusão de que poderia estar multimilionário não fossem farras em boates de luxo, alcool, maconha e muitos negócios desastrados.
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Ganhei muito dinheiro com mineração de diamante, com meus jornalecos, mas fiz centenas de inimigos e escapei de ser morto várias vezes.
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E não é hoje: De 1976 a 1977 ao aliar ao empresários João Baracat, dono de muitos empreendimentos imobiliários em VG (um homem pra lá de honesto e decente), fiz oposição ferrenha às famílias Campos e Barros (Jayme ainda usava calção e bebia pinga nos botecos),tive que que me refugiar em Rondonópolis, onde editei os jornais "A Tribuna" (falecido Aroldo Marmo) e "Folha de Rondonópolis (do B. Cunha, assassinado com um tiro na nuca por seus textos destemidos).
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São incontáveis os jornais em que trabalhei. Os jornais que fundei e afundei em Mato Grosso.
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Nunca me importei com o fato de acharem que estava sendo usado, que me usavam para interesses escusos dentro da política. Importava, no final de semana, ter grana suficiente para "afundar a cara" em cabarés da cidade. Nunca gostei de botecos ou lanchonetes. Não tinha e nunca tive paciência, papo ou "fachada boa" para ganhar ninguém na saliva.
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Poderia estar multimilionário poque ajudei a eleger governadores, prefeitos, sempre dando sorte nas campanhas.. Duas únicas derrotas: Padre Pombo, em 1982, quando editava o Pombo Correio (100 mil exemplares) ao lado do candidato a vice-governador Louremberg Nunes Rocha, anos mais tarde eleito senador.
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Outra derrota foi em 1994, com o sempre simpático e sorridente Oswaldo Sobrinho... Tinha passado três anos destruindo a imagem do governador Jayme Campos com meu jornal " Liberal", financiado pelo grpo de Dante e outros parceiros que ocultos... Faltando um m^s para as eleições fui preso em VG. Ele (Dante) ficou com receio de me receber em seu escritório de campanha. Depois de um "chá" de 3 horas, aguardei pela saída dele e o mandei tomar naquele lugar. E nos dias restantes coloquei o Liberal a serviço o Sobrinho. Tarde demais para reverter o quadro.
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Passei a maior parte dos seus dois mandatos rufando o pau em seu DESGOVERNO. Na reeleição , em 1998, quando a "parada" parecia perdida para Júlio Campos, contraram meus serviços "a preço de banana". Jornais que apoiavam Dante: Correio da Semana (J. Maia), A Gazeta (Dorilêo Leal) e "Liberal"... Todo resto da imprensa, incluindo TV Centro Amérca, em peso contra o governador que tentava a reeleição.
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Reeleito Dante, esperava que as coisas mudassem para mim. Errado: Fui sacaneado pelos ex-secretários Mauro Camargo, Pedro Pinto e até pelo coordenador Waldemir Félix, responsável pelos telefonemas ilusórios que eu recebia a cada final de mês.
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Ausente de Mato Grosso por causa dos inúmeros processos (bastava voltar o jornal para que desengavetassem mandados de prisão!) não podia editar nada... Comi o pão que o diabo amasou.
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As coisas só melhoraram a partir de 2003 quando obtive ajuda do meu amigo de longa data (embora nem saiba a data do seu aniversário, ou onde resida atualmente) , então prefeito Roberto França, quando lancei o Diário do Povo, sem constar meu nome no expediente.
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Depois veio o Governo Blairo Maggi, um parceiro espetacular e leal até o momento em que passei a detonar a candidatura do seu amigo pessoal, Mauro Mendes, candidato a prefeito de Cuiabá.
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Existem as parcerias, mas não amizade. Em 2008, com a reeleição ganha, num momento difícil da minha vida, com todas as contas bloqueadas, PF e PM no meu encalço, meu filho de 16 anos foi sequestrado por PMs da Guarda do Palácio Paiaguás dentro do jornal Folha do Estado, onde buscavam uma edição do meu jornal.
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Horas antes, a Polícia Federal com um aparato de quatro carros e muitos agentes tinham invadido minha casa (com mandado de busca e de prisão).
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A partir dái, Wilson Santos, Flávio Garcia, Zé do Nodeste e todos da Prefeitura de Cuiabá desligaram telefones assim que viram meu número. O jornalista Marcos Coutinho, a jornalista Luciene, o secretário Eder Moraes, acionaram o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, e evitaram o pior.
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Dois advogados enviados pelo deputado José Riva retiraram meu filho de uma cela no CISC Verdão, para onde foi levado depois que o secretário interviu.
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Resolvi me isolar. Não confio em ninguém. Não tenho amigos. Parei com boates (não consigo largar a pinga)... Creio que, não me "apagando", políticos ainda me terão no pé por um bom tempo.

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