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sábado, 27 de agosto de 2011

Secretário de Saúde pede demissão em MT

O médico Alberto Kinoshita pediu demissão do cargo de secretário municipal de Saúde, em Sinop (Norte MT). Ele se reuniu com o prefeito Juarez Costa e entregou sua carta de exoneração. "São motivos de ordem pessoal que prefiro, no momento, não detalhar", expôs.Um dos problemas principais que motivou a saída foi quanto a falta de gestão para controle de frequência de determinados médicos nos Postos de Saúde nos bairros. Alguns contratados não estariam cumprindo carga horária e muitas pessoas deixaram de ser atendidas. Kinoshita disse, ao Só Notícias, que apresentou para prefeitura alternativas de soluções que não foram tomadas.


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Inédito!

Presos formam banda e gravam CDs dentro de cadeia em Mato Grosso

A cada três apresentações, reeducandos têm um dia reduzido na pena.
Ensaios são realizados em cozinha e estúdio é improvisado em banheiro.

Dhiego Maia Do G1 MT

Banda de Reeducandos (Foto: Dhiego Maia/G1)Integrantes da Banda Cazuluz em apresentação no encerramento da 5ª Semana de Ressocialização de Mato Grosso. (Foto: Dhiego Maia/G1)

Cinco reeducandos que cumprem prisão em regime fechado no segundo maior presídio de Cuiabá participam de um projeto inédito de ressocialização em Mato Grosso. Eles são os primeiros integrantes de uma banda composta exclusivamente por reeducandos no estado. Batizada por eles como 'Cazuluz', a banda já gravou dois CDs e acumula mais de 30 apresentações em eventos públicos no estado. A banda é eclética. Toca desde xote ao pop rock com muita facilidade.

Todos os membros da banda estão presos no Centro de Ressocialização, em Cuiabá. O G1 acompanhou um ensaio dentro da unidade prisional e uma apresentação da banda, que encerrou a 5ª Semana de Ressocialização de Mato Grosso nesta sexta-feira (26). Os reeducandos, que cumprem pena por crimes como tráfico de drogas e até homicídio, têm autorização judicial para sair da unidade durante as apresentações e são escoltados por agentes prisionais. Em qualquer lugar que se apresentam, a Cazuluz causa espanto e surpresa, ainda mais quando as pessoas tomam conhecimento que os integrantes da banda são reeducandos.

O líder do grupo, o reeducando e músico Ronivaldo Martins Teixeira, é o idealizador da banda. Multi-instrumentista, Teixeira disse que quando foi preso entrou em uma grande depressão. Na cela, ele tocava violão para passar o tempo. “Naquele momento, a música se tornou uma necessidade pra mim. Ela [música] amenizou aquela tristeza internalizada que eu estava tendo”, lembra.

Ronivaldo Teixeira se uniu com outros presos e solicitou à unidade um mínimo de estrutura para a criação da banda. Ele mesmo fez a seleção dos integrantes e assim surgiu a Cazuluz. O bateirista, Ricardo dos Santos, contou ao G1 que antes de ser preso, o pai dele havia comprado uma bateria. O problema é que Santos nunca tocou o instrumento. Depois de preso, tudo mudou. “Ela estava encostada em casa. Eu iria falar para o meu pai vendê-la, mas eu entrei na banda e hoje ela tem utilidade, é a minha vida”, disse.

Para um dos vocalistas, Josimar de Souza Cristóvão Paes, a existência da banda é um divisor de águas na vida dele. “Eu agradeço a Deus pela oportunidade de estar aqui, de fazer parte deste grupo”, afirmou, com voz embargada. Ensaios e apresentações da banda contam na redução das penas dos integrantes. Três apresentações, por exemplo, equivalem a um dia a menos de prisão.

Dificuldades

Cubículo Banda Reeducandos (Foto: Dhiego Maia/G1)Box de banheiro desativo serve como estúdio para
gravação dos CDs da banda. (Foto: Dhiego Maia/G1)

Apesar de pioneira, a banda corre sério risco de desaparecer. Os instrumentos musicais são dos próprios reeducandos e, quando eles deixarem a prisão, vão levar consigo todos os instrumentos.

De acordo com a coordenadora do setor de Educação e Produção do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Alvair Maria Barbosa Ferreira, o problema emperra a criação de outros grupos. “O projeto corre um grande risco de morrer antes que todos possam perceber a existência dele porque os instrumentos não pertencem à instituição. No momento em que o reeducando deixa a instituição é um instrumento a menos”, enfatizou.



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