A FACE NEGRA E DIABÓLICA DE MAURO MENDES
As dívidas da empresa de Mauro Mendes estavam próximas de serem inscritas como dívidas ativas e irem à execução fiscal e judicial. O que ele fez? Diante do desespero de servidores públicos, na tentativa de venderem suas cartas de crédito, Mauro Mendes propagou: - Traz que eu compro!
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A agiotagem é uma prática criminosa. Já que o empresário-candidato Mauro Mendes prega Deus nos seus discursos, é bom lembrar a ele o que está escrito: "no suor do rosto comerás o teu pão". E se é que serve de consolo àqueles por ele lesados, também está escrito que "aqui se faz, aqui se paga!".
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O agiota Mauro Mendes
Autor: Arlindo Teixeira Jr.
De tudo de bom que se possa colher de uma campanha política, esta de 2010 premiou aos mato-grossenses com o cair da máscara do candidato do PSB ao governo, Mauro Mendes. Empresário riquíssimo, porém, dono de um patrimônio conquistado com artifícios nada dignos para quem exalta trabalho, caráter e, fundamentalmente, Deus em seus discursos.
A notícia reveladora de que Mauro Mendes paga seus impostos à custa do sacrifício de servidores públicos, mostra a sua verdadeira face até então oculta e, assim, desconhecida.
Mato Grosso é um Estado que transformou-se em potência econômica com a força do trabalho do seu povo. Gente que veio de todos os recantos do País com o propósito de trabalhar e viver com dignidade, criar suas famílias e gerar riqueza, contribuindo, cada um a seu modo, para o desenvolvimento da nação.
Enquanto muitos ficaram ricos com dignidade, e geraram riqueza diante das imensas oportunidades que o esplendoroso Mato Grosso oferecia, e ainda oferece, outros, ervas daninhas, também prosperaram, não à custa de trabalho, mas, fazendo-se de artimanhas, espertezas e usura.
Senão, vejamos. Mauro Mendes conseguiu (não se sabe com que tamanha facilidade), alguns milhões de reais do Governo de Mato Grosso, a título de incentivo fiscal. A contrapartida desse tipo de "incentivo", que na verdade é um empréstimo em condições extremamente facilitadas, é gerar emprego e, naturalmente pagar impostos.
Além de não gerar os empregos conforme o contrato, de acordo com parecer do Tribunal de Contas, Mauro Mendes ainda lesou o fisco. Devia R$12 milhões em impostos ao governo e pagou apenas R$ 2 milhões. Parece piada, mas, infelizmente, não é. Sua empresa, a Bimetal Indústria, Comércio e Produtos Metalúrgicos praticou agiotagem comprando com deságio de 75% cartas de crédito de servidores do Estado, os famosos precatórios. Se um dia o agiota e bicheiro internacional João Arcanjo Ribeiro sair da cadeia, encontrará nova e forte concorrência aqui fora. Vai ser briga de cachorro grande.
Esses precatórios, na verdade, são uma vergonha e é preciso que tenham fim o mais rápido possível. Não representam a melhor solução. São créditos que os servidores públicos possuem junto ao governo, por decisões da Justiça, e que podem ser negociados nas empresas. Mas são créditos que, nas mãos dos servidores, se transformam em pepinos, abacaxis.
Mauro Mendes não pagava seus impostos, mas ganhava dinheiro, muito dinheiro, com os milhões que o governo lhe concedeu. Mas as dívidas da Bimetal se acumularam por cinco anos, conforme divulgado na imprensa. Ele pegou dinheiro fácil do governo, depois não pagou os impostos reais e hoje critica a política fiscal do Estado. Isso é que é cara de pau.
Pois bem. As dívidas da empresa de Mauro Mendes estavam próximas de serem inscritas como dívidas ativas e irem à execução fiscal e judicial. O que ele fez? Diante do desespero de servidores públicos, na tentativa de venderem suas cartas de crédito, Mauro Mendes propagou: - Traz que eu compro!
E comprou, realmente, ao custo de uma corda no pescoço, uma punhalada no coração, ou, uma machadada na cabeça. De uma carta de crédito de R$ 1 mil ele pagou duzentos reais. E com essa carta de R$ 1 mil, a empresa de Mauro Mendes descontou de sua dívida do Estado R$ 1,9 mil (mil da carta e 90% de desconto dos juros).
Mauro Mendes acha tudo isso normal. Ou seja, ele se autodenomina um empresário agiota. Sangra o servidor público e deixa de contribuir devidamente para o desenvolvimento do Estado. Ele deve ter vindo para ficar rico em Mato Grosso e depois ir embora. São milhões que o empresário deixou de repassar aos cofres do Estado, que poderiam ser aplicados em saúde, educação, saneamento básico, moradias aos mais carentes, entre outros benefícios.
Dizem que, às portas das profundezas do inferno existe fila preferencial aos que praticam juros extorsivos nesta vida. A agiotagem é uma prática criminosa. Já que o empresário-candidato Mauro Mendes prega Deus nos seus discursos, é bom lembrar a ele o que está escrito: "no suor do rosto comerás o teu pão". E se é que serve de consolo àqueles por ele lesados, também está escrito que "aqui se faz, aqui se paga!".
* Arlindo Teixeira Jr. é jornalista – arlindotj@gmail.com
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