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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Execução de Auro Ida repercurte no exterior e UNESCO cobra elucidação do caso


O assassinato do jornalista Auro Ida ganhou repercussão internacional e foi condenado, nesta sexta-feira (28), pela diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova. 'O uso da violência para impedir os jornalistas do exercício do direito humano fundamental à liberdade de expressão é inaceitável', declarou em comunicado a máxima responsável da Unesco.

No comunicado, destacam que Auro Ida, morto com seis tiros no dia 22 de julho em Cuiabá, era jornalista político, fundador do site 'Midia News' e colunista do site 'Olhar Direto'. O repórter de 53 anos também tinha trabalhado para o jornal 'A Gazeta' e como secretário de comunicação de Cuiabá. 'É essencial que as autoridades levem à justiça os culpados por este crime', ressaltou a diretora-geral da Unesco. O jornalista, que já havia recebido ameaças de morte, investigava casos de corrupção entre os políticos locais. Ida é o quarto jornalista assassinado neste ano no país.

Dois suspeitos foram presos, mas liberados logo após prestarem depoimentos por falta de provas. Apesar da Ordem dos Advogados - seccional de Mato Grosso (OAB-MT) ter levantado a possibilidade da morte estar associada à investigação referente ao pagamento de precatórios e ter levantado a suspeição da Polícia Civil para continuar na apuração do crime, a Secretaria de Estado de Segurança Pública manteve a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) à frente das deligências e até então o delegado trabalha com a tese de crime passional. (Fonte: EFE)

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