Repórter Sem Fronteiras pede que polícia não descarte crime político na execução de Auro Ida
Organização com prestígio em todo mundo avalia que assassinato de jornalista não tem motivação passional, como a polícia já trata o assunto
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu nesta segunda-feira que não se descarte a hipótese de o assassinato do jornalista Auro Ida, no último dia 22 em Cuiabá, ter tido razões profissionais e não ser um crime passional, possibilidade que a investigação do caso tem privilegiado.
A forma de atuar do assassino "lembra muito os métodos utilizados pelo crime organizado, muito infiltrado nessa parte do país", ressaltou a RSF em comunicado, acrescentando que, embora seja necessário contemplar a possibilidade de ter sido um ato passional, "inicialmente não se deve descartar a hipótese da atividade profissional".
Um dos argumentos principais é o fato do deputado José Riva, presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, onde Ida trabalhava, ter relatado que o jornalista havia revelado ter recebido ameaças recentemente por conta de seu trabalho, sem dar mais explicações.
A organização de defesa dos direitos dos profissionais do jornalismo solicitou a Riva que forneça rapidamente "elementos precisos para ajudar a avançar nas investigações".
A RSF também lembrou que os riscos para a segurança dos repórteres "seguem elevados em certas regiões do Brasil", embora tenham sido realizados "progressos na luta contra a impunidade". Auro Ida, 53 anos, tomou seis tiros à queima-roupa na sexta-feira de manhã, quando se encontrava em seu carro com sua namorada, de 19 anos. Um homem armado que chegou até eles de bicicleta ordenou à mulher que saísse do veículo antes de disparar contra Ida, conhecido jornalista político no Mato Grosso e um dos fundadores do site Midianews. (Hipernotícias com informações do Portal Terra)
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