Máfia do Transporte Coletivo tenta enfiar goela abaixo do povo cuiabano o ultrapassado BRT
Desapropriações para BRT sairiam muito mais caras, argumenta Eder

Laura Nabuco (RDNews)

A quantidade de desapropriações necessárias para a implantação do VLT será o principal argumento do presidente da Agecopa, Eder Moraes, durante a reunião em que apresentará, de forma oral, os estudos de viabilidade do modal para a cúpula dos ministérios das Cidades, sob Mário Negromonte, do Esporte, sob Orlando Silva, e do Planejamento, sob Paulo Bernardo. "O Estado não tem condições de arcar com as desapropriações que estão previstas no projeto do BRT que está a Caixa Econômica Federal", enfatiza.

Eder reforça que a decisão do Estado é pelo VLT e joga para o governo federal a responsabilidade de encontrar uma solução para pagar os cerca de R$ 1 bilhão previstos em desapropriações, caso sejam feitas novas mudanças nos planos. "Eu quero que eles nos digam porque não fazer um sistema mais moderno, que vai trazer mais conforto para a sociedade", ressalta.

Para se defender das críticas ao preço de implantação do VLT, cerca de quatro vezes mais caro que o modelo defendido pela União, Eder usou como argumento o regime de licitações aprovado especialmente para as obras da Copa. Ele lembrou que a nova regra não permite nenhum aditivo nos contratos e que, por este motivo, os projetos deveriam ser feitos com o máximo de cuidado. "Nós não estamos pedindo nenhuma doação. Esse valor será financiado. Qual o problema em se financiar R$ 600 milhões a mais?", questiona.

O presidente ainda denunciou a existência de um lobby de setores ligados à produção de biodiesel e de pneus para a implantação do BRT no Estado. Apesar das acusações, ele preferiu não entrar em detalhes. Garantiu apenas que sua posição em relação às obras não levará em consideração este tipo de pressão.

A existência de lobby por parte de empresas de ônibus já havia sido anunciada pelo presidente da Assembleia, José Riva (PP), primeiro defensor do VLT no Estado.