Se Blairo Maggi não segurar, Brasília vai ferver!!!
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Acuado como está, "Homem Bomba" pode explodir e estraçalhar muitos poderosos na próxima terça, no Senado!
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Denúncia da Veja, neste domingo, revela que Antônio Pagot recebia envelopes com propinas em "bagunçado" quarto de hotel de Brasília!
O diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, em férias “forçadas”, recebia envelopes num quarto de hotel em Brasília de empresários que pagavam 4% de propina para ter o direito de executar obras, com preços superfaturados, releva reportagem da revista Veja desta semana. “O quarto era uma bagunça. Ele marcava uma reunião lá, a gente chegava, falava sobre a obra, deixava o envelope com o acerto em cima da mesa e ia embora como se nada tivesse acontecido. Às vezes tinha até uma assessora dele junto”, relata o lobista de uma empreiteira.
Segundo a reportagem, o ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, usava um apartamento no mesmo hotel, enquanto o chefe de gabinete dele, o auditor Mauro Barbosa, chegava a receber o “acerto” no próprio órgão. “O combinado era o pagamento ser feito até 10 dias depois da liberação das faturas. Uma assessora dele ligava para marcar a audiência. A gente colocava o dinheiro sobre um envelope e deixava sobre a mesa de trabalho dele”, revela um empreiteiro. Diante das reclamações e suspeitas de que a propina não estava chegando as cofres do partido, Luiz Tito Barbosa, assessor de gabinete do ministro, recebeu a “missão” de receber o pagamento.
A reportagem também diz que Pagot foi informado por Nascimento, no início de abril, de indícios de irregularidades na construção de um trecho de nove quilômetros da BR-440, que corta Juiz de Fora. À época, apenas 2,16 quilômetros da estrada estavam concluídos, ao custo de R$ 35 milhões, o equivalente a mais de R$ 16 milhões por quilômetro, duas vezes e meia a média nacional. Segundo informações da Veja, Pagot e Nascimento deixaram de tomar as medidas cabíveis e a obra só foi paralisada por decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).
Outro que teria lucrado com o suposto esquema, de acordo com a revista, é o ex-chefe de gabinete do ministério, Mauro Barbosa. O republicano está investindo montante estimado em R$ 4 milhões na construção de uma casa, em Brasília. Ele é sobrinho de José Francisco das Neves, o Juquinha, presidente da Valec, estatal responsável pelas ferrovias, que também foi demitido pela presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a reportagem, só nos últimos três anos ele comprou três propriedades na cidade mato-grossense de Novo Mundo, com 4,5 mil hectares no total, avaliadas em R$ 25 milhões.
Com o cerco se fechando contra a cúpula do PR, afastada o ministério, lideranças do partido temem em ficar sem a pasta. Diante disso, passaram a ameaçar Dilma de denunciar o suposto envolvimento de petistas no esquema. “Numa reunião fechada, Pagot chegou a insinuar que o dinheiro coletado também custeou a campanha de Dilma. A campanha presidencial estaria, portanto, umbilicalmente ligada ao encarecimento das obras, segundo essa versão", diz um trecho da reportagem.
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