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terça-feira, 19 de julho de 2011

Mais uma bomba contra "Homem Traque"
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Empresário acusa Antônio Pagot de pedir casa para o tio em troca de obra

O jornal Folha de S. Paulo publicou em sua edição de segunda-feira(18), mais uma acusação contra o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Luiz Antonio Pagot. Na reportagem, um empresário de Lucas do Rio Verde acusa Pagot, de cobrar e obter do prefeito daquele município, Marino Franz (PPS), uma casa em troca de obras e outros benefícios para o município.

A acusação foi feita em 2008 por Hélio Moraga, 37, depois de um acordo de delação premiada proposto pelo Ministério Público de Mato Grosso em um inquérito que gerou a denúncia de 24 pessoas por improbidade administrativa, entre autoridades da prefeitura e o do próprio empresário.

Pagot não era investigado e não foi denunciado, já que o foco do inquérito eram irregularidades cometidas por autoridades do município. O grupo é acusado de ter montado um esquema de fraudes em licitação e desvio de verbas do município.

A Folha obteve trechos do inquérito. Em depoimento prestado à Polícia Civil e ao Ministério Público em julho de 2008, Moraga afirma que houve "um acerto" entre Pagot, a prefeitura e o próprio empresário. Moraga era sócio do secretário municipal de Obras, Rafael Balizardo, um dos denunciados.

"No começo de 2005, Rafael Balizardo procurou o depoente dizendo que o sr. Luiz Antônio Pagot traria alguns benefícios para Lucas e em troca eles teriam que ajudar o sr. João Pagot a construir uma casa", afirma o depoimento. João Pagot é tio do diretor-geral do Dnit e ainda mora na casa que, segundo Moraga, tem cerca de 200 m².

À Folha Moraga confirmou o teor do depoimento e do suposto acordo entre Pagot e autoridades municipais. O empresário diz ter recebido cerca de R$ 130 mil do prefeito e da prefeitura para a construção da casa.

Moraga entregou aos investigadores recibos e notas fiscais que comprovariam os repasses de dinheiro. Em julho de 2006, o município fechou um convênio com o Dnit, no valor de R$ 5,5 milhões, para a construção de um viaduto no município.

Na época, Pagot ainda não era o diretor-geral do órgão -era chefe da Casa Civil do governo Blairo Maggi-, mas o PR, seu partido, já comandava o Ministério dos Transportes. O TCU mandou interromper o convênio em 2007, após verificar "graves irregularidades" na licitação feita pela prefeitura.

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