Riva culpa Blairo Maggi por dar 'força' à escolha do sistema BRT
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Presidente da Assembleia Legislativa, defensor do modal VLT, não gostou nada de o senador ter dado preferência, mesmo de forma velada, ao 'bus rapid transit'
O presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PP) acredita que há um lobby em favor do Bus Rapid Transit (BRT) - já que este modal de transporte ainda não estaria descartado - em detrimento do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT), defendido por Riva, e encampado pela Agecopa e Governo do Estado. Porém, há um obstáculo colocado pelo governo federal: a realocação de recursos que estavam destinados ao BRT.
Na avaliação de José Riva, quem mais se destaca na defesa do BRT é o senador Blairo Maggi (PR) que, durante visita à Arena Pantanal, disse que “se ainda fosse o governador, escolheria o sistema de ônibus rápido.” Isso bastou para Riva pensar que Maggi está em “campanha” pelo sistema modal.
“O ex-governador Blairo Maggi, agora senador, nunca cedeu para fazer o estudo de viabilidade do VLT. Não posso aceitar isso. O BRT é um modelo saturado. Essas mentiras que estão sendo soltas por aí partem de pessoas que têm comprometimento com o BRT”, apontou Riva.
Riva acrescentou que o lobby pode ser percebido com a matéria divulgada no Portal UOL. Na matéria citava que o transporte não é apropriado para o Estado. Segundo o deputado, está faltando vontade política para implantação do VLT e afirmou que o governador Silval Barbosa (PMDB) não terá entraves para cumprir a obra.
“O governador Silval Barbosa não terá dificuldade para assumir esse compromisso. Pois temos capacidade de pagamento graças a amortização e renegociação da dívida externa. Além disso, o governo pode fazer por meio de uma parceria público-privada (PPP), pois há empresas do ramo conceituadas querendo fazer esse investimento”, enfatizou.
O presidente da Assembleia disse que a preocupação não pode ser apenas com custo da obra, mas também tem que analisar o modal que oferece qualidade, conforto, segurança e agilidade para desbloquear o trânsito da Capital.
“Eu quero ver se um dia o senhor Blairo Maggi vai pegar o BRT lá no aeroporto. E outra: no conjunto o VLT é mais barato, levando em consideração a troca da frota, manutenção das pistas e número de desapropriações”, citou.
A argumentação de Riva é quanto a manutenção que cada meio de transporte necessita. O BRT necessita trocar a frota de ônibus a cada sete anos e meio e o VLT entre 25 a 30 anos. Além disso, o asfalto do ônibus rápido precisa de manutenção constante por parte do Governo do Estado.
Riva considera prejudicial impasse na escolha. “É lógico que essa indecisão na escolha ora por VLT, ora por BRT compromete, é preocupante e fica muito evidente essa situação. Mas, não tenho dúvidas que o VLT é o melhor para Cuiabá. Não acredito que a Agecopa consiga fazer 3 mil desapropriações para implantar o BRT porque Cuiabá não tem planejamento para comportar esse sistema”, afirmou Riva.
VALORES
Com relação ao valor da obra, o deputado disse que não custa R$ 1,1bilhão para implantar o VLT. Riva disse que o colegiado de deputados teve acesso a essas informações ao ouvirem a palestra de um especialista e se mostraram favorável pelo sistema de trilhos.
“Tenho em mãos um estudo onde aponta que a obra ficaria em aproximadamente R$ 700 milhões. Pode ser que este valor a mais divulgado esteja incluído a urbanização da cidade, que é necessária fazer na implantação de qualquer dos dois modais”.
Riva anunciou que fará uma audiência pública em agosto para discutir os sistemas de transporte. “Enquanto parlamentares vamos cumprir o nosso papel de dar a oportunidade da sociedade de conhecer o melhor modelo”, concluiu. (Hipernotícias)
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