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sábado, 9 de julho de 2011

Denúncia grave!
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Mauro Carvalho seria vítima de esquema que visa detonar indicação de Maggi para ministério. Participação da Lotufo em obra citada pela Folha é minoritária e empresário deixou PR. Consórcio que toca obra de R$ 206 mi é liderado por Agrimat

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CAMARGO, HOMEM DE ANTERO, NA CBN, COMANDA ATAQUE CONTRA MAURO CARVALHO E GARANTE QUE PAGOT E SÓCIO OCULTO DA LOTUFO E SE ESQUECE QUE CONSÓRCIO "DENUNCIADO" PELA FOLHA É LIDERADO POR MÁRIO CANDIA, HOMEM DO DEM

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Neste final de semana, continua a expectativa em torno de uma manifestação do empresário Mauro Carvalho, da empreiteira Lotufo, com relação ao envolvimento de seu nome em denúncia divulgada pela Folha de S.Paulo. Na esteira das denúncias veiculadas pela revista Veja sobre o pretenso Mensalão do PR, o jornal paulista levantou a possibilidade de existência de uma panelinha de amigos de Maggi que teria se beneficiado com a ida de Luis Antonio Pagot, o trator de Blairo Maggi, para o comando do Dnit. A Folha chega a aventar a hipótese de que a conquista, pela Lotufo, de um contrato de obra de mais de R$ 206 milhões teria resultado na doação de 245 mil por parte de Mauro Carvalho para a campanha de Maggi para senador em 2010. Não há provas de irregularidades na reportagem do jornal paulista, mas forte sugestão de imoralidade. Até o final de sexta-feira (7), não houve manifestação oficial de Mauro Carvalho ou da empreiteira Lotufo com relação ao que a Folha de S.Paulo divulgou.

Segundo apuração desta PÁGINA DO E, o empresário não cuidou da questão por estar envolvido com providências visando esclarecer mais um assalto que vitimou sua empresa, a distribuira Discol, representante da Skol em Mato Grosso, na madrugada de quinta-feira. As informações são que a matéria da Folha estaria sendo encarada como produto do lobby do Centro-Sul visando detonar uma possivel ascenção de Blairo Maggi ao comando dos Transportes. As informações estariam sendo alimentadas, a partir de Cuiabá, por tucanos que se articulariam em torno do senador Antero Paes de Barros. Assim com Auro Ida, jornalista de Mato Grosso, defende e trabalha jornalisticamente pela indicação de um nome de Mato Grosso para o Ministério do Transportes, os jornalistas João Carlos Magalhães e Breno Costa, da Folha de S. Paulo, acabariam atuando como braço do poderoso lobby dos empreiteiros do Centro-Sul para detonar as pretensões mato-grossenses.

A participação de Mauro Carvalho, na empreiteira Lotufo é minoritária e a participação da Lotufo no consórcio responsável pela obra contratada com o DNIT também é minoritária em relação às empreiteiras Agrimat, Cavalca e Três Irmãos. O principal executivo do projeto é o empresário Mário Cândia, da empreiteira Agrimat, que tem conhecidas e históricas ligações com o partido Democratas e é um empreiteiro com longa, antiga e muito conhecida penetração no DNIT, penetração esta que vem desde o tempo em que o DNIT era DNER, tanto que atuou como secretário desta pasta no governo de Júlio Campos. Não existiria, no caso, um esquema político-partidário mas uma forte articulação visando garantir espaço para empresas de Mato Grosso na divisão nacional do bolo de obras coordenado pelo DNIT. Mas como o alvo é o PR, os jornalistas João Carlos Magalhães e Breno Costa, da Folha de S. Paulo, evitaram examinar o prontuário de Mário Cândia, centrando seu ataque em Mauro Carvalho.

Esse "obtusidade córnea" (de que falava tanto Nelson Rodrigues) teria sido insuflada, a partir de Mato Grosso, pelo grupo de Antero de Barros, bastando ver que, no programa de Antero, na rádio CBN, nesta sexta-feira, o jornalista Mauro Camargo (tal como Antero, ex-secretário de Estado no período de poder do PSDB em Mato Grosso, período em que Dante forjava sua "caixa preta") levantou, sem apresentar provas, a possibilidade de que Luis Antonio Pagot atue como uma espécie de "sócio oculto" da empresa Lotufo em Mato Grosso. Uma afirmação ousada, contra a qual amigos mais chegados de Mauro Carvalho estariam sugerindo providencias judiciais.

Também está sendo taxada de forçação de barra o fato da Folha de S. Paulo, através dos seus repórteres João Carlos Magalhães e Breno Costa, apresentar Mauro Carvalho como filiado ao PR, o que é uma inverdade, já desmentida durante a campanha de 2010 quando o empresário participou do grupo que planejou e coordenou a campanha de Mauro Mendes a governador, de Otaviano Piveta, a vice governador e de Pedro Taques a senador, pela coligação PSB-PDT-PV. Essas são as especulações e movimentações que se fazem nos bastidores. É evidente que o imbricamento entre as diversas forças político-partidárias e empresariais é um fenômeno de difícil documentação, exigindo, por isso mesmo, atento trabalho jornalístico.

Cite-se, por exemplo, o fato de que Antero de Barros, antes um homem de Dante, hoje se transformou em um dos mais ativos parceiros de Geraldo Riva em Mato Grosso. Sobre o caso da obra questionada pelo jornal paulista, é evidente que o pronunciamento oficial de Mauro Carvalho se faz necessário para que tudo seja posto em em pratos limpos. Atuando em área tão conflagrada como a de empreitadas para o serviço público, o empresário Mauro Carvalho já deve ter aprendido que o jogo é esse. A mão que te afaga hoje é a mesma que te coloca diante dos versos de Augusto dos Anjos amanhã.
(Fonte: Página do E)

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