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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Arrecadador da presidente, Pagot puxa o PT para o centro da crise

(Fonte:Rednews)

O ainda diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot (PR), foi um dos maiores arrecadadores de recursos para a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT). Do total de R$ 27 milhões doados pelas 11 maiores empreiteiras do país à eleição da candidata do PT, nada menos que R$ 12 milhões vieram de empresas que tocaram ou ainda executam obras licitadas pelo Dnit. Conforme fontes do RDNews, a maior parte dessa arrecadação foi feita por Pagot. Ao todo, o comitê financeiro conseguiu captar R$ 137,5 milhões.

Nesta sexta (8), a imprensa nacional traz declarações do próprio diretor-geral dando conta de que não é dele somente a responsabilidade pelas contratações de obras e que outros diretores, como Hideraldo Caron, de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, filiados ao Partido dos Trabalhadores, tinham autonomia dentro do órgão. E deixou subentendido que irá para o Senado na próxima terça (12) disposto a transportar para o centro da crise o PT e a própria presidente da República.

Pagot já havia dado uma demonstração de sua força ainda na segunda (4), quando representantes da Casa Civil preparavam a portaria da presidência da República determinando o afastamento de Pagot e outros três nomes da cúpula do Ministério dos Transportes. Ele agiu rápido e conseguiu reverter a decisão da presidente ao pedir licença do cargo. Depois se descobriu uma saída menos desmoralizante para o Palácio do Planalto: Pagot tinha férias vencidas e elas, curiosamente, começaram a valer ainda a partir da sexta (1º).

O RDNews apurou que Pagot canaliza o sentimento da ala do PR que está extremamente chateada com o tratamento que a presidente Dilma deu ao partido na crise. “A presidente permitiu que jogassem no partido a pecha de corrupto ao exigir o afastamento e criar um clima favorável ao pedido de demissão do ministro Alfredo Nascimento”, disse uma fonte.

Este parlamentar, que tem trânsito especial no próprio Palácio do Planalto, acredita que o PR vai mesmo caminhar para o rompimento com Dilma. “Quem conhece o Pagot sabe que ele é capaz de jogar merda no ventilador. E nós, do PR, não vamos aceitar que o PT nos trate como ladrões, enquanto eles se beneficiaram com o sacrifício de um quadro do partido”, disse a fonte, em tom de revolta.


Riva aproveita evento agropecuário para defender polêmica lei do ZSEE

O presidente da Assembleia, deputado José Riva (PP), aproveitou a oportunidade de um evento agropecuário, a abertura da 47ª edição da Expoagro, nesta quinta (7), para defender mais uma vez a aprovação do Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado (ZSEE). "Foi o que pudemos fazer de melhor", garantiu o progressista, numa resposta velada às críticas do promotor de Justiça Domingos Sávio, que moveu uma ação civil pública contra o projeto.

Para Riva, a finalização das discussões a cerca do assunto marca uma nova etapa para Mato Grosso. O presidente disse ainda acreditar, mesmo diante das críticas, que o zoneamento passará pelo crivo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). "Eles vão perceber que votamos com responsabilidade", enfatizou.


Ex-tesoureiro de Maggi e amigo de Pagot fatura R$ 5 mi do Dnit

Sob a tutela de Luiz Pagot (PR), a Lotufo Engenharia, do empresário mato-grossense Mauro Carvalho, também filiado ao PR, assinou contrato de R$ 206,4 milhões com o Ministério dos Transportes, no ano passado. Na eleição de Blairo Maggi à reeleição ao governo do Estado em 2006, Carvalho coordenou a campanha, ao lado de Pagot.

A ligação entre o diretor-geral do Dnit, em férias forçadas, o empreiteiro e o senador republicano cotado para assumir o Ministério dos Transportes ganhou destaque na edição do jornal Folha de S. Paulo, em circulação nesta sexta (8).

Considerado a “sombra” do empresário Mauro Mendes, ex-filiado ao PR e hoje no PSB, que já foi o “menino dos olhos” de Maggi, Carvalho nunca havia ganho licitações federais com a Lotufo antes de Pagot assumir o Dnit. Segundo a Folha de S. Paulo, em abril de 2010, um consórcio que reunia as empreiteiras Lotufo, Agrimat e Cavalga venceu concorrência do Dnit para “implantação, pavimentação e restauração” da BR-163 no Pará, tendo o contrato assinado em junho. Passados três meses, a Lotufo doou R$ 250 mil à campanha de Maggi.

Curiosamente, em outubro, após a eleição do senador, a Lotufo recebeu o primeiro pagamento da autarquia, de R$ 128,5 mil. No total, o governo federal já liberou R$ 5 milhões à empresa e mais R$ 4 milhões para as outras participantes do consórcio. Em 2007, relatório da Assembleia revelou que os repasses do governo mato-grossense à Lotufo cresceram aproximadamente 2.637% durante a gestão de Pagot à frente da secretaria estadual de Infraestrutura.

Contraponto

Procurados pela reportagem da Folha, Maggi alegou ser amigo de Carvalho e negou interferência no comando do Dnit. Pagot, por sua vez, disse não participar das licitações da autarquia e que o consórcio da Lotufo foi escolhido em concorrência singular. Já Mauro Carvalho não retornou às ligações.

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