Irmão de Dante guarda mágoa de Blairo por ‘escândalo da caixa-preta’
O irmão do ex-governador falecido Dante de Oliveira (PSDB), Armando de Oliveira, ainda guarda mágoas do ex-governador e hoje senador da República Blairo Maggi (PR) pelo episódio que ficou conhecido como ‘escândalo da caixa-preta’, ocorrido em 2003, quando o líder tucano foi acusado de deixar um rombo na então secretaria de Infraestrutura.
Aramando lembra que Maggi, enquanto ainda era governador, o chamou, junto com a mãe de Dante, Maria Arruda de Oliveira, para se desculpar pelo episódio. Ele ainda afirma que o republicano pediu desculpas, alegando que foi induzido a falar sobre o escândalo e declarou não acreditar na falsidade das acusações disparadas contra o Oliveira.
O governador em exercício, Chico Daltro (PP), reiterou o pedido de desculpas à família durante a solenidade em homenagem aos cinco anos de falecimento de Oliveira, na Assembleia Legislativa. No entanto, após a fala do progressista, Armando, quebrou o protocolo e expôs sua mágoa.
Após a declaração de Armando, Chico Daltro saiu em defesa do senador, afirmando que durante os oito anos da gestão Maggi, na qual esteve próximo do republicano, nunca ouviu qualquer menção negativa em referência ao antecessor no governo.
“Eu dei um testemunho que durante o período próximo que eu tive do governador Blairo Maggi, ele nunca se dirigiu a personalidade pública de Dante de Oliveira com nenhuma manifestação negativa”, afirmou.
Ainda de acordo com Daltro, a história da ‘caixa-preta’ surgiu não partiu de Maggi. “Algumas pessoas por ocasião de mudança de momento político saíram com aquela ideia e não acharam com que encontrar caixa-preta nenhuma”, relatou.
“Armando de Oliveira, irmão de Dante de Oliveira, recebeu um convite do governador Blairo Maggi para estar com a mãe do governador Dante, dona Maria, junto com a família do governador Blairo Maggi, em que ele disse o seguinte: ‘essa história de caixa-preta não me pertenceu, e no que pode ter incomodado à família, quero pedir desculpas, porque não conduzi essa situação’”, finalizou Daltro. Olhar Direto)
Luiz Antonio Pagot diz que petistas mandavam tanto quanto ele no Dnit
O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Hideraldo Caron, mandava no Dnit tanto quanto o próprio diretor geral da instituição A afirmação do próprio Luiz Antonio Pagot, publicada no jornal Folha de São Paulo desta sexta-feira (8/7), é apenas um aperitivo do depoimento que o diretor afastado do departamento deve conceder na próxima terça-feira no Congresso Nacional.
Ou seja, depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR insinua que não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão, como Hideraldo Caron. "O DNIT é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista.
No entanto, para integrantes do PR, o recado de Luiz Antonio Pagot é direcionado ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e à sua esposa, a ministra chefe da Casa Cicvil, Gleisi Hoffmann, paraenses como ele. Comandantes do PR disseram ainda que a atual ministra da Casa Civil, era quem acompanhava a execução das obras no Paraná.
Confira reportagem na íntegra:
Depois de perder o comando do Ministério dos Transportes sob acusações de corrupção, o PR manda ao Governo seu recado: não quer pagar sozinho pelas denúncias que abalaram a pasta e já faz ameaças a petistas que estão na estrutura do órgão.
Afastado após ser envolvido nas acusações que derrubaram o ex-ministro Alfredo Nascimento, o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, deu prévia ontem de como será seu primeiro depoimento sobre o caso, terça-feira, no Congresso.
"O DNIT é um colegiado. O Hideraldo manda tanto quanto o Pagot", disse, em referência ao petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do DNIT, e listando, em seguida, todo o colegiado do órgão.
Caron, filiado ao PT do Rio Grande do Sul desde 1985, é apontado por políticos como uma espécie de "espião" de Dilma Rousseff no DNIT.
Segundo Pagot, ele era responsável por 90% das obras, já que cuidava da diretoria de Infraestrutura do órgão.
"No DNIT só se aprova por unanimidade. É claro que cada um é responsável por sua área. A responsabilidade pelas obras é do Hideraldo. Como ele é diretor de Infraestrutura Rodoviária, é óbvio que tem um volume maior concentrado", disse Pagot, ressalvando que "não é Hideraldo que toma as decisões".
A pedido do senador Blairo Maggi (PR-MT), seu padrinho político, Pagot dará explicações públicas na Câmara e no Senado.
Ele foi escalado para defender publicamente o PR. Só depois, a sigla pretende encaminhar ao Planalto seus indicados para o ministério.
Além de compartilhar a responsabilidade com o colegiado, Pagot afirma que só executa obras.
"Cumprimos. Não inventamos orçamento. O Dnit não faz política pública, é um executor de obras e prestador de serviços em algumas áreas. É fácil ficar acusando quando não se sabe como as coisas funcionam", afirmou.
Para integrantes do PR, o recado de Pagot tinha também outro destinatário: o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), hoje nas Comunicações.
Segundo senadores do PR, Pagot deve afirmar, em depoimento, que cumpria ordens e citar de onde partiam.
Incomodados, comandantes do PR disseram ainda que a atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, era quem acompanhava a execução das obras no Paraná.
Em nota, Paulo Bernardo disse que "obras previstas no Orçamento Geral da União passam pelo Planejamento sem que isso implique qualquer envolvimento do titular na execução dos projetos".
Blairo Maggi recusa convite para assumir ministério
Senador do PR de MT teria alegado "conflitos de interesses e impedimentos", segundo blog de jornalista
G1
O senador Blairo Maggi (PR) recusou o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério dos Transportes no lugar de Alfredo Nascimento, demitido na última quarta-feira . A informação foi divulgada no Twitter do colunista de O Globo, Jorge Bastos Moreno, ppor volta de 16h desta sexta-feira (8).
"Conflitos de interesses e impedimentos levam Blairo a recusar agora, neste momento, convite da Dilma", diz o jornalista no microblog. Edson Giroto (MS) é o novo nome apontado pelo PR.
Segundo Moreno, a decisão foi tomada nesta sexta-feira em reunião do grupo politico em Cuiabá. As empresas de Blairo têm negócios com o governo. "Não quero criar constrangimentos para a presidente", disse Blairo na reunião.
O senador de Mato Grosso está irritado com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e com o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Segundo o colunista, o PR ameaça sair do governo.
Paulo Sérgio Passos é o interino no comando do Ministério dos Transportes e teria a confiança da presidente Dilma Roussef para ficar à frente da pasta. O PR, que comanda os Transportes, entretanto, não gostaria da sua permanência. O partido prefere um ministro com um perfil "político" e menos técnico.
Edson Giroto é a aposta do PR
O deputado federal Edson Giroto, do Mato Grosso do Sul, é o mais novo nome apontado pelo PR para ocupar o Ministério dos Transportes. A sugestão de Giroto surgiu em reunião realizada ontem, no Congresso Nacional, entre o líder do partido na Câmara, Lincoln Portela (MG), o deputado Luciano Castro (RR) e o senador Blairo Maggi (MT), ambos também cotados para o cargo.
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